RENASCITUDES

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tardes Melodiosas



Como se fosse possível apagar
Ou ignorar o que diz a lua
Em fala mansa que leva a vibrar
Melodias desenhando a alma tua.

E a noite sempre virá acentuar,

O aceno entre uma ilha devastada
E o azul que adornava o seu mar
Nas tardes frescas da passarada.

Não há como rabiscar o esculpido;

Afastamo-nos dele, mas lá permanece
É como querer esquecer um alarido
Ou mesmo transformá-lo numa prece.

Eu fico com a melodia demarcada..

É o limite sinalizando desesperança.
Cada tom afagará a alegria furtada
Daquela última tarde na lembrança.

Autoria: Ilka Vieira

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