RENASCITUDES

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Alicerce Marinho


Reinvade estas águas que
obsecram pela tua moradia...
Vem...
Vem refogar teus temperos
marinhos e embriagadores
ao meu apurado paladar...

Deixa que eu te descubra
entre os mistérios
da minha outra vida
quando eu não marejava,
apenas buscava-te pela minha secura
em maré vazia...

Refaz teu marco no meu fundo
e apossa-se da minha riqueza.
Contigo não sofro
o estalido da dor,
cedo à tua tímida ternura
lacrando minha correnteza.

E antes mesmo que
venha novamente guardar-me
para o teu sonho mais lindo,
abro-me para o teu repouso
nos alicerces da
nossa realidade:
Tornei-me um oceano aberto,
mas só tu cabes em mim...

Autoria: Ilka Vieira

2 comentários:

  1. "Tornei-me um oceano aberto,
    mas só tu cabes em mim..."
    Com direito a Porto e Desembarque.
    bjs
    TT D´Oliveira

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  2. Conheço e amo esse poema!
    Deslumbrante !!!!!!!!!!!!
    Bjssssssssss
    Soraya Simões

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