RENASCITUDES
domingo, 21 de outubro de 2012
Minha Cor de Rosa
Preciso resgatar a minha Cor-de-Rosa!
Perdi-a no decorrer da vida
Tornei-me imbatível e nebulosa,
Criando-me fragilmente fortalecida.
Fui trancando o glamour
Abrindo o olhar valente
Apagando meu abajour,
Fiz-me mulher inevidente.
Deixando a jarra vazia sobre a mesa,
Flores ao relento pediam-me moradia.
Saindo das paixões à francesa,
Perdi a noção de companhia.
Desmarcando parcerias de dança,
Esqueci como dançar...
O silêncio foi marcando o descompasso...
Não dancei, nem vi o dia raiar.
Hoje, a farda impecável
Faz-se mais feia do que a roupa desbotada.
O dedo indicador ordenável
Impulsiona minha alma delicada.
Agora entendo:
Vão-se as responsabilidades exageradas...
De nada vale a vida ou vale quase nada,
Se a minha cor-mulher está tão recolhida
Se a minha cor-de-rosa está descolorida...
Que venha o meu pôr-de-cor,
Colorirei...
Que caiam as pétalas,
Brotarei, sei que brotarei!
Autoria: Ilka Vieira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
... E a sua cor-de-rosa jamais desbotou!
ResponderExcluirBjus, Raquel