RENASCITUDES

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Praga


Quando eu me deitar em sono eterno
Segura o tempo e sonha por mim
Deixa secar os lençois do inverno
Brinca na grama e preserva o capim.

A minha sombra desenhada na parede
Vai te pedir o sol de todos os dias
Vai sorrir com o embalo de uma rede
Vai trazer de volta nossas melodias.

Não escolha a palavra certa e bonita
Alinha o teu silencio franco do olhar
Qualquer que seja a frase contradita
Será bem guardada no nosso altar.

Por fim, sonha comigo, sonha por nós
Faz um sonho se vestir de primaveras
Colhe as flores e com elas fica a sós
E como praga estarei entre as heras. 

Autoria: Ilka Vieira

2 comentários: