RENASCITUDES

domingo, 29 de setembro de 2013

Paralelo da Alma



Ainda que me soltando das mãos, 
faz-se interditada a liberdade, 
que oculta a personagem 
predestinada à paixão. 

Sangro no pensamento... 
Não entendes meu tormento, 
procurando-me tão distante, 
quando nunca me ausentei. 

Cada vez que me fechei, inexpressiva, 
tentava alcançar tua interrogativa,
sem desalgemar meu coração do teu, 
sem desproteger teu olhar do meu. 

Convido-te a cauterizar 
os preceitos, prefácios e temas, 
sentindo a morte e a vida 
como o cenário de um poema.

Autoria: Ilka Vieira

Um comentário:

  1. Sensacional!!! Esta quadrinha vale pelo poema inteiro:

    "Sangro no pensamento...
    Não entendes meu tormento,
    procurando-me tão distante,
    quando nunca me ausentei."

    Com carinho,
    Raquel Nonatto

    ResponderExcluir