Enquanto a consciência adormece,
a alma se desassocia e entra no túnel.
Alia-se aos fantasmas, despe-se da harmonia,
solta das mãos o olhar ainda tão criança,
que, ingênuo e confiante, brinca... dança.
Às margens do risco,
o olhar sai riscando paredes da cor do céu,
mas a alma os lava com água suja,
como quem ensina o caminho da felicidade,
descaminhando pela complexidade,
impedindo o corpo pedinte
de levitar sem razões.
Pobre alma!
Cria uma prece,
a luz se compadece,
amanhece
e o outro lado do túnel
aparece.
Autoria: Ilka Vieira
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