RENASCITUDES

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Túnel da Alma


Enquanto a consciência adormece,
a alma se desassocia e entra no túnel.
Alia-se aos fantasmas, despe-se da harmonia, 
solta das mãos o olhar ainda tão criança,
que, ingênuo e confiante, brinca... dança.

Às margens do risco, 
o olhar sai riscando paredes da cor do céu,
mas a alma os lava com água suja,
como quem ensina o caminho da felicidade,
descaminhando pela complexidade,
impedindo o corpo pedinte 
de levitar sem razões.

Pobre alma!
Cria uma prece,
a luz se compadece,
amanhece 
e o outro lado do túnel
aparece.

Autoria: Ilka Vieira

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