A criança que em mim ainda habitava
Perdeu-se abraçada a um rochedo
Já não faz sonhos daquilo que amava
E de amar passou a sentir medo.
As brincadeiras adultas recolhidas
Guardadas no zelo do que se pesa
Pesadas pelo tempo e tão vencidas
Adoçam-se apenas pra uma reza.
A idade avança e o coração endurece
Já não há criança e nem juventude
Minh’alma hoje apenas se abastece
Da voz fechada em plena quietude.
E a infância que alegra a velhice
Aprecio naquele que a conservou
Meu jeito solto de meninice
Precocemente a dor o apagou.
Autoria: Ilka Vieira
Que lindo!!! Emocionante seu poema.
ResponderExcluirBjs, Hilda
A criança que até hoje em mim habita, é a que me leva a sonhar e que faz com que eu continue vendo as delicadezas da vida e das pessoas.
ResponderExcluirbjs
Tetê D´Oliveira