Ela desce a ladeira com o filho nas
costas
Há quem pense que se contenta
Que se anula e não sustenta
Sonhos e impulsos de pecar
Merecer e desfrutar de refletores e
caviar.
Ela passa a roupa cantarolando
Espera pelo seu homem disfarçando
A tristeza e o suor.
Serve o jantar à luz puxada
Lava a louça conformada
E deita com a promessa de um
afago
Que o marido deixa adiado...
O jeito é acordar sem ter dormido
Esquentando a água para o café
Se fazendo cafuné
E empurrando mais um dia...
Autoria: Ilka Vieira
Cativante e urgente este teu poema! Lindo demais!
ResponderExcluirAbraços,
Joe Vergueiro