RENASCITUDES

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Estância


A estância em que me guardo
não é lágrima... não é mar...
É calmaria que vem do beijo,
é um choro de riso sonoro...

A estância em que me dou
não é eterna, eu sei...
É nuvem desenhando o tempo,
é o minuto que não voltará igual...

A estância em que me rego
não é jardim plantado, nem de inverno...
É mato virgem que suga toda a chuva,
é água de rio que corre pra virar oceano...

A estância em que mato minha sede
não é cachoeira de queda forte...

É gota de torneira que vira tempestade
quando pressentes que estou virando solo fértil
fora da tua propriedade.

Autoria: Ilka Vieira

2 comentários:

  1. É molhando a terra no dia à dia que colheremos as mais belas flores, frutos e o que de bom ela nos proporcionas.Que as ervas daninhas não habitem nunca esse solo.
    bjs.
    TT D´Oliveira

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  2. Esse poema diz tudo e diz até o que muita gente não confessa, não assume.
    Adorei, amiga !!!
    Bjssssssssss
    Soraya Simões

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