RENASCITUDES

domingo, 29 de setembro de 2013

Incerteza




Em aceno ambivalente,
anuncio veemente
o apagar da minha luz...


Sem tempo de temperar a vida,
risco lembranças feridas...
perdoo meu último dissabor...


Impulsiono-me decidida,
mas temendo a trágica partida,
rogo a Deus mais uma chance.


Corpo inteiro já doado,
por ímpeto desgovernado,
corro o risco de um não...


Faço então uma oração...
Admito a covardia
e sinto meus pés de volta ao chão.


Autoria: Ilka Vieira

Um comentário:

  1. Triste esse poema qdo pensamos no fim mas vc, querida ILka, será sempre uma ser iluminado e que poderemos avistar sempre de onde estivermos.
    Bjs,
    Tetê D' Oliveira

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