RENASCITUDES
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Cárcere do Olhar
Vê o que fizeste do meu olhar!
Prisioneiro do teu ciúme,
limita-se a perambular
sem vida, sem mel, sem lume...
Encarcerado,
meu olhar gira em torno de ti,
minhas quatro paredes...
Violenta-se matando tua sede,
destempera-se, aquietando tua inquietude,
ajoelha-se ao pé do teu olhar rude,
cumpre pena por ter nascido belo,
finge-se de cego, evitando um duelo,
mas não perde a poesia
nem o sonho de liberdade
que a alma esconde sem a grade.
Autoria: Ilka Vieira
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